sábado, 5 de marzo de 2011
martes, 15 de febrero de 2011
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viernes, 11 de febrero de 2011
Alvorecer: SERÁ QUE DEUS É O CULPADO?
Obrigado Sr Rui Palmela, por seu retorno.
Fico-lhe grato por ter merecido a sua atenção.
Como sabe, e muito mais que eu talvez, de filósofo e psicólogo, todos temos um pouco. Acho até que isso é uma característica inata, que em alguns se nota mais, e em outros nem tanto.
Na síntese de suas duas respostas, não lhe vou tentar dizer que o modo como expõe essas suas respostas me transmitem, pode até ser que um pouco desfocadamente, a sua personalidade, que se me apresenta como muito interessante. Mas minha tendência é mesmo de começar a construir o seu tipo de personalidade. Forte, de firmes convicções, e alguém que gosta de dirimir as coisas sob o ponto de vista de como as concebe e encara. Não é fácil encontrar muitas pessoas assim e, quando se encontram normalmente se encontram demasiado absorvidas para darem atenção a tudo que lhes surge pela frente. Daí mostrar minha gratidão pelo seu retorno.
Apreciei o que diz, mas balizado, como vem acontecendo com outros interlocutores com quem converso também. Pautam tudo que chamamos de vivência, pelos manuais em que assentam suas crenças, e nunca nada para além deles, porque neles acreditam encontrar respostas para todas as suas perguntas ou dúvidas.
Vou fazer alguns meus comentários, mas integrados em seu próprio texto.
Mas antes, até para que também possa ir construindo o modo de como me poderá passar a observar, vou fazer-lhe uma resenha muitíssimo suscinta, para que possa melhor rebater-me.
Sou de família muito humilde e natural de uma aldeia beirã, vivendo no campo até aos doze anos, apenas me deslocando à aldeia para fazer a instrução primária.
Fui para o Seminário, que frequentei por um período relativamente pequeno.
Depois disso vim para Lisboa como moço de mercearia.
Mais tarde fiz carreira nas Forças de Segurança.
Mas o facto mais relevante é o de que fui um cristão praticante até já uma idade bem madura, até que, pelo conhecimento que ia absorvendo me foram cada vez faltando respostas convictas para minhas perguntas e dúvidas. Aí fui tentando me colocar como observador exterior e, com a continuação do conhecimento que fui absorvendo acabei por me colocar numa posição que não sei definir bem, nem acho isso relevante, talvez um agnóstico, que não um ateu. E tal poderá entender com a resposta que vi um sacerdote dar a um ateu e que nela me acho enquadrado. Ele disse para o ateu: numa coisa nós estamos de acordo. Nem eu lhe posso provar de forma palpável a existência de Deus, nem você me provar a sua não existência. Logo, quando me perguntam se eu acredito que Deus existe, eu respondo honestamente: não sei.
E vou passar ao comentário:
No dia 7 de Fevereiro de 2011 12:02, Rui Palmela
Rui Palmela deixou um novo comentário na mensagem "SERÁ QUE DEUS É O CULPADO?":
Muito interessante sua tese, caro amigo J.Costa, e quanto à pergunta que me faz sobre Jesus Cristo, claro que minha resposta não poderia ser outra a não ser: SIM, ele acreditava e se confessava "Filho de Deus" e muita gente não o entendeu e até o chamou de blasfemo na época por se igualar ao Pai e ensinou que todos somos irmãos.
"Pois eu aludi ao livro "CRISTO FILÓSOFO", porque na realidade minha postura se identifica com a maioria do que ali é descrito. E, quanto à postura de Jesus Cristo, pessoa de um vanguardismo talvez inultrapassável, o que me ressalta, é que para poder semear sua filosofia, precisava de se impor como alguém que não pudesse suscitar as mínimas reticências a quantos o escutassem. Claro que, como constava das escrituras??? que viria um messias para poder redimir os que acreditavam, ele viu aí a adequada forma de se impor, intitulando-se filho enviado seu pai, Deus. Poder-se-ia dizer que estava a ser desonesto? Eu não vejo por esse lado, porque a filosofia que procurava implantar no meio em que se inseria era demasiado importante, e daí isso ser apenas um pormenor irrelevante.
Este o motivo de minha pergunta: Será que Jesus Cristo acreditava em Deus?
Claro que sua filosofia até aos dias de hoje não poderá ainda ser contestada, e provavelmente nunca o será. Mas que tem sido altamente desvirtuada com os aproveitamentos que dela abusivamente têem sido feitos. Tais factos, e são demasiados, tem originado as mais diversas controvérsias."
Quanto á questão da crucificação e o sofrimento a que foi sujeito, não duvido dos factos históricos relatados nos Evangelhos apócrifos que são unâmines no mesmo ponto além de haver referências de alguns historiadores da época falando disso.
"Sim, sua postura não lhe permite poder ver as coisas por um prisma diferente, na medida em que ela assenta na aceitação incontestável do que encontra nos Evangelhos apócrifos como diz. E isso limita seu campo de investigação, porque ache que outras fontes fora desses escritos nem poderão ser tidos em conta.
Mas convido-o a se debruçar de quando apareceu pela primeira vez a tentação de impor uma religião monoteísta. É que antes existiam várias mas todas mais ou menos politeístas. Acho que remonta a 1.300AC a 1.400AC que um rei tentou impor, mas que não foi aceite na altura, vindo o caso a ser retomado por um seu neto e que a partir daí ela se começou a consolidar. Tal tinha a ver com o evitar de gerrilhas dentro do reino pelas diferenças de crenças, e que havendo apenas a concepção de um Deus, poria cobro a toda essa situação. E que resultou em boa parte ao que penso que na altura em que me debrucei sobre o assunto constatei."
Sobre sua morte e'ressurreição', cada um pode acreditar ou não. Pessoalmente sinto ele vivo em meu coração e creio em Deus como Ele acreditava e não duvido que o Amor é o único Caminho que nos leva à Vida na Eternidade além desta vida transitória e ilusória onde uns cultivam o bem e outros o mal, cada um colhendo conforme o que semeia tal como Jesus Cristo avisava.
"Aqui, sua crença inabalável, e não pretendo minimamente beliscar sua postura, mas equaciono tal firmeza de crença com a dos islamitas radicais, que aceitam tornar-se homens/mulheres bomba para matar os por eles ditos infiéis que não se enquadram em seus valores, pois que a sua morte é um privilégio que lhes é dado por Alá, permitindo assim que passem de imediato a ir para junto de sua glória."
Quanto à questão dos dogmas e conceitos religiosos da Igreja Cristã ou outras, penso que virá o dia em que muitos se desfarão pelo conhecimento da verdade que não é exclusiva de nenhuma Religião mas sim podemos vislumbrá-la interiormente à medida que abrimos para ela nosso coração.
" A Verdade a que se refere, outras religiões a apregoa também com igual ênfase, talvez com molduras diferentes, mas no essencial convergem."
E já agora aproveito para lhe formular um convite de reflexão também:
Está devidamente comprovado cientificamente que o Universo tem uma dimensão que ainda nos não é possível avaliar. Mas do que já se obtiveram provas evidentes e que ainda não vi refutar, eu pus esta reflexão, minha, que é a seguinte:
Através do telescópio HUBLE, perdoe se não está correcta a palavra, já foram obtidas fotos de nebulosas que poderemos dizer que dos confins do Universo a uma distância de cerca de 14 milhões de anos luz do nosso microscópico planeta TERRA. Para além desses 14 milhões existirão outros tantos ou não sei de quantos mais. Pela crença cristã Deus foi o Criador de tudo. Veja-se: como é que dentro dessa imensidão, veio a um pontinho tão minúsculo ( planeta TERRA) para se dar a conhecer e criar aqui como que a sua base de assento para dar vida e glória aos seus habitantes, e mais precisamente num ponto situado na Mesopotâmia...." Não acha que um pensamento desses é redutor de mais para poder ser aceite?
Mas muito mais, imaginá-lo como à nossa imagem, ainda que utilizando as coisas por ordem inversa, de que foi ele que criou o homem à sua imagem????
Com os meus cumprimentos e, se teve a paciência de ler, minha gratidão também.
Um abraço.
José Costa
